26 de dezembro de 2011

Fim de Ano

Fim de ano! Ano Novo, Vida Nova! Esse é o lema. Felicitações a todos que concluiram o curso ministrado ao longo do ano, desculpas pelo Blog não ter sido atualizado antes, mas essa é a vida de professor: Muita correria e cobranças no fim do ano. Normal.
Bom, merecidas férias! Desejo a todos um execelente fim de ano e ano que vem estarei de volta!
Grande abraço
Andréia Y.

"A esperança é o sonho do homem acordado - Aristóteles"

17 de outubro de 2011

3 de agosto de 2011

Brincadeira da Estrada

As férias acabaram e a vida escolar continua!! 


Estou postando a brincadeira devido ao grande numero de pedidos para repeti-la. Aproveitem!!!
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Primeiro pense e anote todas as respostas. Depois de responder tudo olhe o significado de cada pergunta.

Imagine que você está caminhando em uma estrada. Como é esta estrada? De asfalto, de terra? Tem curvas, retas? Como é a paisagem? Árvores? Deserto? Montanha? Quanto mais detalhes melhor.


Caminhando na estrada você encontra um jarro. Como este jarro é? Contém algo dentro? Você leva ou deixa ali?


Continuando o caminho, algo no chão desperta a atenção: é um anel. Como este anel é? O que você faz com ele? Leva ou deixa ali?


Mais para frente, encontra uma cachoeira. Como ela é? O que representa para você? O que sente? Você entra ou fica olhando?


Ao sair da cachoeira você dá de cara com um animal. Que animal é? Você faz alguma coisa?


Depois do encontro com o animal você vê anões! Que bonitinho! Quantos são? Como são? Eles representam algo para você?


E, depois de apreciar o caminho, você se depara com um muro que parece não ter fim, corta os dois lados da paisagem. Qual sua reação? Pula ou fica ali?








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Esta é a história da brincadeira. Agora, as respostas. Não existe resposta certa ou errada na verdade, é só o significado, digamos, ‘oculto’ em cada encontro.




O caminho, a estrada, é a vida. Se ela é de terra, geralmente a pessoa é mais aventureira, do tipo que cai no mundo com uma mochila nas costas. Se o caminho é de asfalto, a pessoa geralmente gosta de conforto, segurança, não encara numa boa uma barraca no meio do mato. Prefere uma pousadinha com um chuveiro quente. Já ta valendo!


O meu caminho é de asfalto, mas as arvores cobrem os dois lados da estrada, que também é cheia de curvas, então, não consigo ver muito a frente. As arvores são as pessoas que a gente encontra pelo caminho.


O Jarro é a família. Como a vemos. Quando ele é deixado no caminho significa que se tem coragem de ir embora quando for preciso, trilhar o seu próprio caminho. Quando ele é levado, indica um grande senso de responsabilidade para com eles.


O meu jarro era de barro, trabalhado, antigo e bonito. Cheio de água pura e cristalina, que matou minha sede. Tive que deixa-lo ali, mesmo não querendo. Mas o fiz.


O Anel é o amor! Como o vemos. Se ele é precioso, se nos é querido. Se ele é deixado para trás, deve-se tomar cuidado para não fazer isso na vida, pode ser que esta deixando escapar algo precioso. Quando está com outra pessoa, o amor pode estar comprometido ou acredita que não tem chances de conquista. Mas quem quer, corre atrás.


O meu anel eu vi de longe, deslumbrante, brilhava muito, de ouro amarelo e pedras preciosas. Apaixonei imediatamente. Levei na mesma hora sem hesitar.


A cachoeira é o sexo. Quando entra nela, significa que a pessoa não tem muitas inibições, nem medos, vai fundo. Se a pessoa fica olhando ou com medo de entrar, tem algo dentro de si que deve ser resolvido.


A cachoeira era linda, uma grande queda de água que caia e formava um lago cristalino. Eu entrei sem medo e me refresquei deliciosamente.


O animal são os problemas que encontramos no caminho. Qual sua reação perante eles? Como os vê? São grandes ou pequenos? Assustadores, ferozes ou você enfrenta?


O animal que eu vi era um cavalo. Grande, imponente, que amedrontou de inicio porque era selvagem, mas depois eu consegui ficar numa boa com ele e até dei uma volta. Eu adoro cavalos.


Os anões são os amigos reais que consideramos. A reação deles é um indicio de algo que pode ser melhorado na relação.


Os anões. Estavam felizes e vieram conversar comigo. Eram quatro.


O muro é a morte. A pessoa que não pula, é porque tem medo dela. Mas como é o único caminho a seguir, tem que pular. Depois, você vê algo? O caminho continua ou muda? Essa é a sua crença de vida após a morte.


Quando eu cheguei próximo do muro, vi que era de pedra e antigo, e como não tinha jeito de atravessar sem pular, eu pulei porque tinha que fazer isso. Depois que eu cai, tudo ficou escuro e voei no infinito.

16 de julho de 2011

Boas Férias

Esse post é somente para desejar um bom e merecido descanço para todos! Aproveitem a férias para renovar as energias, ter tempo para si e aqueles que amamos! Curtam, vivam, aproveitem, com sabedoria! A maior dádiva que temos é poder escolher entre vários caminhos..
Grande abraço a todos e até agosto!

Andréia Y.

4 de julho de 2011

Matéria 2ºs anos - Émile Durkheim

Émile Durkheim

(Épinal, 15 de abril de 1858 — Paris, 15 de novembro de 1917)

Seu pai era um rabino e sua família era muito religiosa. Porém, optou por uma vida secular (Secular: Aquele que não fez votos religiosos). Desde jovem foi um opositor da educação religiosa e defendia o método científico como forma de desenvolvimento do conhecimento. Em boa parte dos seus trabalhos procurou demonstrar que os fenômenos religiosos tinham origem em acontecimentos sociais.
Antes de criar propriamente o seu método sociológico, duas questões deveriam ser resolvidas:
  1. Como é criada a relação entre indivíduo e sociedade
    A sociedade (objeto) é superior ao indivíduo (sujeito); 
    As estruturas sociais funcionam de modo independente dos indivíduos, condicionando suas ações. 
    O TODO condiciona as PARTES.
  1. Como ele entendia o papel do método científico na explicação dos fenômenos sociaisIntenção de fazer da sociologia uma ciência “madura” como as ciências naturais;
    A realidade social é idêntica à realidade da natureza: equipara-se aos fenômenos por ela estudados; 
    a primeira regra da sociologia é considerar os fatos sociais como coisas”.
O que é o método funcionalista?
Durkheim compara a sociedade a um “corpo vivo” e cada órgão cumpre uma função = metodologia funcionalista. A sociedade assim como o corpo humano, é composta de várias partes e cada parte cumpre uma função em relação ao todo.
O todo predomina sobre as partes; As partes (os fatos sociais) existem em função do todo (a sociedade); 

 Função social: a ligação que existe entre as partes e o todo.
A sociedade, como todo organismo, apresenta estados normais e patológicos, ou seja, saudáveis e doentios. A finalidade da Sociologia é encontrar remédios para regularizar a vida social.
Para Durkheim qual o objeto de estudo da sociologia? O objeto de estudo da sociologia é o fato social.
O que é o fato social?
Fatos sociais consistem em maneiras de agir, pensar, sentir que são exteriores ao indivíduo e dotadas de um poder coercitivo em virtude do qual se impõem como obrigação. Portanto, não poderiam ser confundidos com os fenômenos psíquicos, por estes só existirem na consciência dos indivíduos e devido a ela.
            Durkheim distingue três características dos fatos sociais:

1ª É geral, pois se repete a todos os indivíduos, ou quase todos e se manifesta como sendo um estado comum ao grupo;
2ª É exterior ao indivíduo, se aplica a todos os membros da sociedade, independente da sua vontade e escolha;
3ª É coercitivo, isto é, a força que os fatos exercem sobre os indivíduos, levando-os a conformar-se às regras da sociedade em que vivem independentemente de sua vontade e escolha. Essa força se manifesta quando o indivíduo adota um determinado idioma, quando se submete a um determinado tipo de formação familiar ou quando está subordinado a determinado código de leis.

O grau de coerção dos fatos sociais se torna evidente pelas sanções a que o indivíduo estará sujeito quando tenta se rebelar contra elas. As sanções podem ser legais ou espontâneas. Legais são as sanções prescritas pela sociedade, sob a forma de leis, nas quais se estabelece a infração e a penalidade subseqüente. Espontâneas seriam as que ocorrem em decorrência de uma conduta não adaptada à estrutura do grupo ou da sociedade à qual o indivíduo pertence.

O Papel da Divisão do Trabalho:
A divisão do trabalho aumenta simultaneamente a força produtiva e a habilidade do trabalhador; É a condição necessária do desenvolvimento intelectual e material das sociedades; É a fonte da civilização; Função de criar entre duas ou várias pessoas um sentimento de solidariedade. Estabelece uma ordem social e moral sui generis (único em seu gênero, peculiar). Sem isso os indivíduos seriam independentes, mas estão ligados uns aos outros,  e conjugam seus esforços: são solidários.

Os dois tipos de solidariedade
Solidariedade Mecânica
A sociedade é um conjunto mais ou menos organizado em torno de crenças e sentimentos comuns a todos os membros do grupo: É O TIPO COLETIVO. A consciência individual é uma simples dependência do tipo coletivo, uma vez que existe um total predomínio do grupo sobre o indivíduo. Os indivíduos vivem em sociedade pelo fato de que eles partilham de uma “cultura comum” e que os obriga a viver em coletividade. 

Solidariedade Orgânica
A sociedade possui é um sistema de funções diferentes e especiais que unem relações definidas. É produzida pela divisão do trabalho; Supõe que os indivíduos difiram entre si; Só é possível se cada um tem uma esfera própria de ação e, por conseguinte, uma personalidade; O indivíduo depende da sociedade porque depende das partes que a compõem; Cada um depende tanto mais da sociedade quanto mais dividido é o trabalho; A atividade de cada um é tanto mais pessoal quanto mais especializada; A unidade do organismo é tanto maior quanto mais marcada é a individuação das partes.
O suicídio
“O Suicídio” foi escrito em 1897 e trata de um assunto considerado psicológico abordado polemicamente por Durkheim como fenômeno social. Sua intenção era provar sua tese de que o suicídio é um fato social, uma forma de coerção exterior e independente do indivíduo, estabelecida em toda a sociedade e que, portanto, deve ser tratado como assunto sociológico: É a sociedade que explica o comportamento do indivíduo. Ele utilizou dados estatísticos e analisou diferentes meios e tipos individuais para embasar suas teses, criou e desenvolveu conceitos importantes como '"fato social", "anomia", "solidariedade", "coerção", entre outros. Seus escritos foram exemplo de como monografias sociológicas deveriam ser feitas.

Suicídio egoísta
O suicídio egoísta consiste em uma falha na integração social, uma individualização excessiva com o meio social: o que há de social em nós fica desprovido de qualquer fundamento objetivo. Para aquele que se encontra nessa situação nada mais resta para justificar seus esforços e pouco importa o fim de sua vida, já que ele está pouco integrado com seu meio social (família, amigos, instituições sociais como a escola). Os indivíduos pensam essencialmente em si mesmos, sofrendo com depressão, melancolia e outros sentimentos.

Suicídio altruísta
Neste caso o indivíduo se identifica tanto com a coletividade que é capaz de tirar sua vida por ela. Um exemplo típico de suicídio altruísta é o caso dos soldados japoneses que lutaram na Segunda Guerra Mundial e que ficaram conhecidos como Kamicases: Eles lançavam as aeronaves em que pilotavam sobre os inimigos provocando sua própria morte. Morrer assim era considerado uma forma de honrar o Imperador. 

Suicídio anômico
Se nada pode conter o indivíduo é preciso que a sociedade exerça uma força reguladora diante das necessidades morais. Caso isso não ocorra os desejos tornam-se ilimitados e a insaciabilidade torna-se um indício de morbidez.  Quando as normas estão ausentes ou perderam o sentido, os laços que prendem os indivíduos aos grupos se afrouxam, há uma crise social que provoca o aumento desse tipo de suicídio.

24 de junho de 2011

Possíveis Temas do ENEM

Quais são as notícias que podem ser temas de questões da prova do Enem 2011? Professores respondem

RIO - Você já deve estar até cansado de ouvir dos seus professores: no ano do vestibular, é preciso acompanhar o noticiário, seja em jornais, revistas, televisão ou internet. E eles estão certos. Segundo a professora de língua portuguesa do Liceu Franco-Brasileiro Teresa Cruz, o Enem é uma prova que exige do aluno bastante interpretação de textos, gráficos, tabelas e charges. Logo, quanto mais o estudante estiver por dentro do que está rolando no Brasil e no mundo, mais facilidade terá para identificar o que está sendo pedido em cada questão. Conversamos com professores e fizemos uma lista dos temas mais quentes do momento. Agora, é meter a cara e estudar!


CHUVAS NA SERRA: - As chuvas que castigaram a região serrana do Rio no verão podem aparecer no Enem. Segundo o professor de geografia Maurício Novaes, do CEL, a prova privilegia temas ligados à urbanização e ao meio ambiente. O impacto da ocupação desordenada de encostas e a erosão do solo estão ligados à tragédia.

COPA E OLIMPÍADAS: - Ninguém fala de outra coisa: qual será o legado da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016? O tema pode estar presente em diversas disciplinas. Na matemática, de acordo com o coordenador do pH Luís Felipe Abad, cálculos de geometria plana, como a área de um estádio, ou volume, para saber a quantidade de cimento a ser usada em uma obra, podem ser exigidos. Para Novaes, na geografia é possível tratar de investimentos em infraestrutura nas cidades-sede da Copa, crescimento do turismo e necessidade de qualificação de mão de obra para os eventos.

ACIDENTE NUCLEAR: - O terremoto no Japão e a consequente tragédia na usina de Fukushima comoveram o mundo e têm chance de cair no exame. Na parte de Ciências Naturais e suas Tecnologias, a abordagem deve envolver o que provocou o acidente e as medidas tomadas para minimizar a tragédia, assim como os efeitos da radiação e a contaminação da água e do solo. Até mesmo em história o assunto pode estar presente, principalmente relacionado à Segunda Guerra Mundial, durante a qual os Estados Unidos jogaram duas bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, e ao poder de recuperação japonês após os ataques.

MEIO AMBIENTE: - No ano que vem será realizada no Rio de Janeiro a conferência sobre o clima Rio 20. Nela, serão discutidas novas metas de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa, entre outras medidas. Além disso, o Código Florestal, aprovado na Câmara dos Deputados e em discussão no Senado, provoca polêmica com suas propostas de mudança na legislação para crimes ambientais, exploração em áreas de preservação permanente, entre outras. Os dois temas podem ser abordados nos âmbitos da química, da biologia e da geografia. Questões sobre energias limpas, combustíveis renováveis, créditos de carbono e também os ciclos da natureza podem aparecer.

MUNDO ÁRABE: - Este ano, o mundo viu explodirem diversas revoltas nos países árabes, no norte da África e no Oriente Médio. O professor de história Ulisses Martins, do Colégio Notre Dame Recreio, diz que esses eventos podem ser ponto de partida para a cobrança de conteúdos relacionados ao imperialismo, influência americana na região, regimes totalitários e até mesmo disputas ligadas à religião. O assassinato do líder da al-Qaeda Osama Bin Laden pelos EUA pode trazer também perguntas sobre terrorismo e as guerras do Iraque e do Afeganistão.

VULCÃO CHILENO: - Um vulcão no Chile provocou a maior confusão na América do Sul, com reflexos até na Austrália e na Nova Zelândia. Na química, questões relacionadas à composição do magma, os gases emitidos e os impactos disso no solo e nos sistemas hídricos podem cair. O vulcão também pode ser o gancho para falar de fenômenos naturais também na parte de Ciências Humanas e suas Tecnologias.

DITADURA MILITAR: - A eleição da presidente Dilma Rousseff, uma ex-militante de esquerda que viveu na clandestinidade e foi presa durante a ditadura militar, gerou grande expectativa, principalmente em relação à abertura de arquivos do período. Somado a isso, há grande mobilização pela aprovação do fim do sigilo secreto de documentos do governo e a criação de uma comissão da verdade para investigar os crimes ocorridos naquela época. Ou seja, assunto quente e atual.

ANO DA QUÍMICA: - Em 2011 são comemorados o Ano Internacional da Química, os 100 anos de Marie Curie, pioneira nas pesquisas sobre radioatividade, e também os 100 anos do modelo atômico de Rutherford. Olho vivo nesses temas.

CENSO 2010: - O Enem adora um gráfico e uma tabela. Com os dados do último censo divulgados no início do ano, é bem provável que haja questões ligadas à população, com uso desses recursos.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s%C3%A3o-not%C3%ADcias-podem-ser-temas-quest%C3%B5es-prova-enem-134400958.html

22 de junho de 2011

A Dominação Masculina - 3ºs Anos


A DOMINAÇÃO MASCULINA - Pierre Bourdieu


Pierre Félix Bourdieu nasceu em Denguin em 1 de agosto de 1930 e morreu em Paris, 23 de janeiro de 2002. Foi um importante sociólogo francês, conhecido mundialmente, sendo consagrado como um dos maiores intelectuais de nosso tempo. 

Bourdieu baseia seu trabalho em uma investigação sociológica do conhecimento e detecta que existe um jogo de dominação e reprodução de valores, ou seja, fazemos um esforço para aprender e incorporar, de forma inconsciente, o que é ser homem e o que é ser mulher. A divisão entre os sexos masculino e feminino no mundo social parece ser normal, natural, a ponto de ser inevitável, funcionando como sistemas de pensamento e ação existentes. A diferenciação entre os sexos visa estimular em cada agente, homem ou mulher, práticas que convém a seu sexo, proibindo ou desencorajando condutas impróprias, sobretudo nas relações com o outro sexo.

A força da ordem masculina se justifica na divisão social do trabalho, nas tarefas que são atribuídas a cada um dos dois sexos. A diferença anatômica entre os órgãos sexuais é uma justificativa natural para a aceitação da diferença socialmente construída entre os gêneros. A “virilidade”, ser virtuoso, ter honra, são termos que não podem ser separados da virilidade física, pois é o falo que preenche, é ele que está cheio de vida (quem é estéril é oco), justificando simbolicamente estas propriedades naturais. Essa justificativa simbólica de que o falo é a vida, reforça a crença de que este sistema de dominação é natural, normal e inevitável. A definição social dos órgãos sexuais é um produto de uma construção e o masculino é tomado como medida de todas as coisas. Até o Renascimento, o sexo da mulher é representado como o do homem, apenas disposto de maneira diferente. 

A Dominação Masculina do modo como é imposta e vivenciada, é resultante da violência simbólica, que é uma violência suave, insensível e invisível as suas próprias vítimas, sendo exercida essencialmente pelas vias puramente simbólicas da comunicação e do conhecimento, ou mais precisamente, do desconhecimento, do reconhecimento e do sentimento. A invasão da consciência das mulheres se dá pelo poder físico, jurídico e mental dos homens, com efeitos duradouros que a ordem masculina exerce sobre os corpos das mulheres, que não compreendem a submissão encantada que constitui efeito característico da violência simbólica.  

A percepção social dos órgãos genitais usa do simbólico ao passar a idéia de ‘alto’ e ‘baixo’, ‘cheio’ e ‘vazio’, ‘seco’ e ‘molhado’, ‘quente’ e ‘frio’, sendo a cintura a fronteira simbólica entre o puro e o impuro, pois aquela que mantém sua cintura fechada, é pura, virtuosa. É um símbolo de fechamento do corpo feminino, é a barreira que protege a vagina, socialmente construída em objeto sagrado. No exame ginecológico, por exemplo, é usado um avental como barreira simbólica para dissociar a paciente de seu sexo, um objeto simbolicamente sagrado.

O ato sexual também é pensado em função do princípio do primado da masculinidade. A oposição entre os sexos, alto/baixo, cima/embaixo, seco/úmido, quente/frio (apagar o fogo), ativo/passivo, móvel/imóvel. A vagina é vista como vazia, o oposto do falo, que está cheio. Cima/embaixo, ativo/passivo são alternativas que descrevem o ato sexual enquanto uma relação de dominação. De um modo geral, possuir sexualmente é dominar no sentido de submeter a seu poder, significa também enganar, abusar, ou como nós dizemos: possuir. (Resistir à sedução é não se deixar enganar, não se deixar possuir). As representações dos dois sexos não são, de maneira nenhuma, iguais. As moças estão socialmente preparadas para viver a sexualidade como uma experiência íntima e fortemente carregada de afetividade, que não inclui necessariamente a penetração, (inclui falar, tocar, beijar, acariciar) ao passo que os rapazes tendem a compartimentar a sexualidade, concebida como um ato agressivo, sobretudo físico, de conquista orientada para a penetração e o orgasmo. A posse é a afirmação da dominação em estado puro e o orgasmo feminino uma prova da virilidade masculina e da submissão feminina. A pior humilhação para um homem consiste em ser transformado em mulher, debochar de sua virilidade, acusar de homossexualidade, conduzir eles como se fossem mulheres.

Atualmente, inúmeras mulheres romperam com as normas e formas tradicionais, como um sinal de ‘liberação’. No entanto, o uso do próprio corpo continua subordinado ao ponto de vista masculino, como por exemplo, nas propagandas, ao aderir à ditadura da moda, da estética e dos padrões impostos de beleza.

31 de maio de 2011

História do Brasil - Para todos os anos

Quando digo que História do Brasil não é minha matéria favorita, provo o porquê: É mentirosa, tendenciosa, escrita por poucos e que continua se repetindo ano após ano. Foi revoltante ver, mais uma vez, o Político José Sarney DECRETAR( Lembram da diferença entre LEI e DECRETO, certo?) que o impeachment de Collor,  “foi um acidente que não deveria ter acontecido na História do Brasil e não é tão marcante como os fatos que aqui estão contados." (Palavras de Sarney). 

Estes fatos contados que Sarney faz referência estão no "Túnel do tempo”, como ficou conhecido o amplo corredor que passa sob o Eixo Monumental, em Brasília, onde estão as salas das comissões permanentes e gabinetes dos parlamentares. O espaço integra o roteiro da visita guiada ao Congresso Nacional e abriga textos e imagens de momentos importantes da história do Brasil e do Senado.

Se um impeachment em um país não é um fato marcante, com a população saindo às ruas para fazer valer seu direito, não sei o que pode ser importante. Fica claro, mais uma vez, como funciona o Governo Brasileiro: Mente, Esconde, Altera os dados, os fatos e até a própria História para se beneficiar de alguma forma. Vejam o vídeo com a reportagem:


 



Agora, dá uma olhada neste outro: O que Fernando Collor de Melo achava de Sarney em 1989:



Depois disso, fica dificil falar muita coisa.... Quem dera que estivesse concretizado tudo isso que Collor disse um dia.Que mudou, ninquém pode contestar: O problema é que mudou para pior. A impunidade continua, Sarney é o presidente do Congresso e os escândalos são tantos que já estamos acostumados. A repressão é feita com grande violência e parece que vivemos em um Estado que usa um disfarce democrático para mascarar toda a corrupção e safadeza. Eles deixam o povo narcotizado ao dar Carnaval, Futebol e Cerveja, que aí fica tudo bem. Acorda, galera! Até quando vamos ser um povo sem memória? Um povo sem memória não tem História!

Eu quero me orgulhar do país em que nasci e sei que vocês também querem. Só que para isso temos que fazer aquilo que o Governo não quer que a gente faça: Criticar! Mas como vocês sabem, só critica aquele que tem um ponto de vista próprio e só tem um ponto de vista próprio aquele que tem um vasto conhecimento, uma ampla visão de mundo. E para se conquistar essa visão de mundo temos que estudar e buscar o que não sabemos. É o único caminho possível, é a única arma realmente revolucinária que existe: O conhecimento. Este é o receio do Governo, pois um povo que CRITICA é um povo que contesta e reivindica seus direitos. E deixamos de aceitar absurdos como este. Pegou mal para você Sarney. Espero que o povo perceba como foi uma ato de DITADURA este o de escolher entre um fato histórico e outro: Para que mostrar do que o povo é capaz? Para que façam de novo? Melhor esconder e dizer que foi um ato sem importância que não deveria ter acontecido. Com certeza o Governeo irá se esforçar para que não aconteça de novo!

28 de maio de 2011

Para pensar....

Este é um poema de Vladimir Vladimirovitch Maiakovski, nascido em 19 de julho de 1893 na Geórgia, então Império Russo. Após a revolução de 1917, Maiakovski colaborou com o governo na criação de lemas revolucionários, como "não há conteúdo revolucionário sem forma revolucionária". Suicidou-se com um tiro, aos 37 anos de idade, em 14 de Abril de 1930.




POEMA DE MAIAKOVSKI

Primeiro, eles vêm à noite, com passo furtivo
arrancam uma flor
e não dizemos nada.
No dia seguinte, já não tomam precauções:
entram no nosso jardim,
pisam nossas flores,
matam nosso cão
e não dizemos nada.
Até que um dia o mais débil dentre eles
entra sozinho em nossa casa,
rouba nossa luz,
arranca a voz de nossa garganta
e já não podemos dizer nada.


Pensem sobre o significado do poema!!!

Ao deixarmos de reivindicar nossos DIREITOS quando somos agredidos, perdemos a oportunidade de fazer valer nossa força, nossa voz, nossa LIBERDADE de Expressão! Quando ficamos quietos perante às injustiças cometidas na nossa frente, acabamos por concordar com elas, concordar que sejam cometidas. Até que chega a um ponto em que nossa voz será calada, não poderemos falar mais nada porque seremos totalmente reprimidos, massacrados e calados. Então, não teremos como reclamar porque nunca reclamamos antes....

26 de maio de 2011

Aula 3ºs anos - A Guerra Fria

O Termo "Guerra Fria" é definido como o conflito que ocorreu entre E.U.A e a ex-URSS com o fim da 2ª Guerra Mundial, disputa no campo ideológico mas não ocorrendo embate militar declarado. É a Paz Armada, uma vez que os dois países se envolveram em uma corrida armamentista, do domínio do Espaço (Homem pisa na Lua, 1696), criação da OTAN e o Pacto de Varsóvia dividindo o mundo em dois lados: Capitalista e Socialista. A criação do Muro de Berlim representa a barreira física desta divisão do mundo. Berlim Ocidental capitalista e Berlim Oriental socialista.

A ajuda para reconstrução dos países arrasados pela 2ª Guerra Mundial proporcionada pelos E.U.A, conhecida como Plano Marshall, foi um aprofundamento da Doutrina Truman, que buscava conter a ameça comunista, onde quer que ela estivesse no mundo. Assim, a ajuda ao países no pós guerra serviu para fortalecer os 'elos fracos' do capitalismo, países que, por estarem em crise, poderiam buscar o socialismo.

Auxiliar os elos fracos do capitalismo é, antes de tudo, defender o estilo de vida americano, o "American Way of Life", um estilo que não pode ser ameaçado nem negociado, uma vez que se baseia na democracia chamada livre, fundada num mercado de trabalho competitivo sem limites e que promete, independente do seu passado, que qualquer indivíduo que trabalhar duro, tiver habilidade e determinação, pode mudar consideravelmente a sua qualidade de vida no futuro. É a promessa do "sonho americano", é aderir a este estilo de vida que garante a liberdade e a procura da felicidade em sua Declaração de Independência. 

Para demonstrar as qualidades do sistema capitalista e fazer com que seja aceito, é feita uma política de combate ao socialismo utilizando os meios de comunicação em massa, como o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas, histórias em quadrinhos, sempre valorizando sua cultura, moeda, linguagem, hábitos.
A queda do Muro de Berlim, em 1989, é o marco do fim do socialismo, a vitória do Capitalismo.

16 de maio de 2011

O Último Abraço...

Quantas vezes negamos um abraço a um amigo? Quantas vezes, por nossa pura e simples mesquinharia, não amamos o próximo e não fazemos nada para deixá-lo feliz? Talvez por acreditarmos que teremos o amanhã para fazê-lo. Sempre acreditamos que amanhã  farei isso ou farei aquilo.

Mas a vida nos mostra, todos os dias, que nem sempre teremos 'um amanhã'. Nem sempre teremos oportunidade de mostrar ao próximo o quanto gostamos dele, de pedir o seu perdão ou apenas dizer: Obrigada, Eu te amo por fazer parte da minha vida, você é especial para mim!

São palavras que ficam engasgadas na garganta quando o amanhã não chega. São palavras que perdem o significado quando a pessoa que deveria ouvi-las não está mais entre nós e não podemos mais olhar nos seus olhos e dizer o que sentimos.

Hoje o meu dia está cinza, mesmo com o sol brilhando num céu azul com nuvens brancas. Hoje o meu dia perdeu a cor, perdeu o brilho, perdeu a alegria, perdeu a vida. A perda é sempre avassaladora e profunda. Quando perdemos alguém que amamos, entendemos o quanto a vida é efêmera, o quanto a vida é frágil e que para morrer só basta estar vivo. Nesta hora difícil é que percebemos como gostavámos da pessoa que se foi, como ela era especial e, em alguns casos, como não se percebeu isso antes. Dizem que só damos valor no que perdemos. Por isso viver é aprender. Vivendo é que aprendemos a dar valor na vida, a agradecer cada momento, a agradecer por cada pessoa especial que cruza nosso caminho, mesmo que seja por tão pouco tempo.

As palavras que escrevo são apenas uma forma de tentar amenizar uma dor que não pode ser amenizada. É apenas uma forma de tentar desabafar o que sinto, apenas uma forma de agradecer por ter conhecido uma pessoa tão especial quanto o nosso amigo que se foi tão cedo, no esplendor da juventude, da beleza e da vida. Sei que todos estamos sentindo a mesma dor, ela dói em cada um de nós de uma forma diferente, mas não deixa de doer e não podemos deixar de sentir. Somos Humanos, afinal. Amamos e sofremos, sorrimos e choramos, num ciclo de alegrias e tristezas... 

Dedico essas palavras singelas à você Filipe Renato da Cruz, que cativou a todos com seu jeito simples e  alegre de lidar com a vida. Uma pessoa especial, que sempre tinha uma palavra amiga a ser dita e um gesto de carinho a ser feito pelo próximo. Um garoto que tinha sonhos, metas e principalmente, Deus no coração e na atitude. A minha maior tristeza não poder compartilhar contigo, no futuro, a realização de seus sonhos. Eram tantos.... 

A única coisa que me conforta é saber que você, Filipe, está nos braços do Criador, está ao lado do Deus que você tanto amava, que você tanto se esforçou para que eu conhecesse e também amasse. Agora é ELE quem me auxilia neste momento tão triste. É a palavra DELE que me faz acreditar que você partiu para um plano melhor e mais evoluido que o nosso. Você, Filipe, despertou em mim o que havia de melhor, pois sempre demonstrou seu carinho e amizade e fez com que eu  aprendesse a fazer o mesmo. Aprendi com você a não ter vergonha de dar um abraço amigo quando o outro necessita. Adeus, meu aluno e amigo querido. Você já faz falta em nossas vidas.
 Andréia Y.

14 de maio de 2011

13 de maio de 2011

3ºs Anos - A Segunda Guerra Mundial

Período entres Guerras: As razões que levaram à Segunda Guerra Mundial


Tratado de Versalhes
Em 28 de junho de 1919, o Tratado de Versalhes punha fim oficialmente a Primeira Guerra Mundial e pretendia devolver a paz à Europa e ao mesmo tempo eliminar o potencial bélico e industrial Alemão. No entanto, ocorreu o fortalecimento do sentimento nacionalista Alemão e de vingança na Alemanha.
A Alemanha foi obrigada a entregar todo seu equipamento bélico ( 5 mil canhões, 25 mil metralhadoras, 3 mil morteiros, 1700 aeroplanos, 5 mil locomotivas, 150 mil vagões, 5 mil caminhões, 6 cruzadores, 10 encouraçados, 8 cruzadores e 50 destróieres), a retirar suas tropas da região do Reno, próxima da França, a reduzir o efetivo militar, foi proibida de se unir à Áustria e perdeu todos os seus territórios na África e Ásia. Na Europa, o país foi obrigado a devolver as regiões da Alsácia e Lorena à França e as regiões de Dantzig (de população predominantemente alemã) `a Polônia. O governo alemão foi obrigado a pagar pesada indenização não somente aos países que haviam sido invadidos, mas também aos EUA, Inglaterra e algumas de suas colônias, fortalecendo o imperialismo britânico.

 A Itália pode ser considerada como grande derrotada na Primeira Guerra, pois apesar de ter lutado a favor dos Aliados, de ter contribuído com recursos materiais e de ter parte de seu território ocupado e destruído durante a guerra, não conseguiu ver atendidas suas reivindicações territoriais e recebeu uma parcela irrisória das indenizações pagas pela Alemanha

Imperialismo e Nacionalismo
O nacionalismo exacerbado que tomou conta de vários países da Europa após a Primeira Guerra, foi uma reação à nova ordem geopolítica imposta pelos Tratados do pós Guerra, principalmente pelo Tratado de Versalhes, que teve efeitos diretos sobre a Alemanha e indiretos sobre a Itália. A luta por territórios, importantes do ponto de vista econômico e estratégico, foi determinante para reforçar o sentimento nacionalista em vários países. A radicalização do sentimento nacionalista está associada a idéia de crescimento e ao mesmo tempo à idéia de repúdio àqueles que impedem o crescimento e contribuiu para a implantação de governos totalitários e militaristas. Uma outra fórmula que serviu para reforçar tanto o sentimento nacionalista como os governos militares, foi a posição do empresariado destes países, frente a possibilidade de avanço comunista.

A situação da Alemanha

Ao final da Primeira Guerra a monarquia fora eliminada, considerada como culpada pelo fracasso da política bélica alemã, e desta forma, o exército procurou sair da guerra como uma instituição vitoriosa: cumprira sua missão, uma vez que o território alemão não havia sido invadido. Com o fim da monarquia, iniciou-se um período que ficou conhecido como a " República de Weimar" que se dizia um governo liberal, apoiado em uma nova Constituição, mas que se iniciava sob o espectro da crise econômica e social. O novo governo, ao aceitar as imposições imperialistas do Tratado de Versalhes, nascera fadado a viver sob constante crise. Para se preservar no poder o novo governo adotou uma posição conservadora, não atendendo as expectativas dos trabalhadores que o haviam apoiado, voltando-se para os setores mais conservadores da sociedade, como militares e empresários ultranacionalistas.
O Partido Nazista passou a se aproveitar das divisões internas dos grupos que apoiavam o governo e do caos econômico. Hitler começou a conquistar o apoio do povo alemão defendendo uma política de força como solução para os grandes problemas alemães. Sua propaganda era extremamente nacionalista e xenófoba, dirigida contra o comunismo e contra os judeus. O inicio da década de 30 foi marcado pelo acirramento das disputas políticas e de uma forma geral pelo avanço do nazismo. Em 30 de janeiro Hitler foi nomeado Chanceler; em fevereiro as forças paramilitares incendiaram o Reichstag, atribuindo a culpa aos comunistas, originando violentas perseguições aos sindicatos e aos membros do partido Comunista. A ameaça comunista e a necessidade de limitar a ação dos judeus foi o pretexto utilizado para reforçar a centralização. Em março, com maioria de nazistas, o parlamento concede plenos poderes a Hitler através do Ato de Autorização, que lhe permitiria decretar leis sem aprovação. Com a morte do presidente Hindenburg., assume também a presidência. O governo ditatorial passa a desenvolver então uma política belicista, de reorganização militar e investimento na indústria bélica, com vistas a colocar em prática sua política expansionista.

A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

A paz humilhante e revanchista imposta no Congresso de Versalhes aos derrotados na 1ª Guerra Mundial foi, sem dúvida, uma das causas da 2ª Guerra Mundial iniciada 20 anos depois.
Podemos citar ainda, causas determinantes do segundo conflito mundial, a crise de 1929, a implantação dos regimes totalitários de direita e de esquerda e os interesses imperialistas e expansionistas de algumas das grandes potências mundiais, como a Alemanha, a União Soviética, o Japão, a Itália e outras.
No período entre guerras, as nações européias reiniciam suas políticas de alianças político-militares, a corrida armamentista e acordos de não-agressão, que não foram respeitados, principalmente pelos alemães e italianos. As anexações da Áustria e da Tchecoslováquia pela Alemanha prenunciavam a eclosão da guerra, que finalmente teve início quando os exércitos de Hitler invadiram a Polônia. Em 1941, os Estados Unidos entraram na guerra ao lado dos seus aliados tradicionais, França e Inglaterra, e a Alemanha invadiu a União Soviética, quebrando o acordo de não-agressão e neutralidade assinado por Hitler e Stalin em 1939.

As vitórias alemães nos primeiros anos de guerra e a ocupação nazista de países como França, Noruega, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Grécia, Iugoslávia e outros geravam a crença de que Hitler poderia dominar o mundo. 
A entrada dos Estados Unidos na guerra e o fim da neutralidade soviética começaram a inverter tal situação. A partir de 1943, depois da vitória da União Soviética na Batalha de Stalingrado, começou a supremacia dos exércitos soviéticos sobre as tropas Alemães. A partir do famoso Dia D, quando os aliados iniciaram a grande ofensiva para libertar a França, os exércitos Nazistas, que já sofriam sucessivas derrotas na frente oriental para os soviéticos, foram recuando para suas fronteiras até a rendição final, em Maio de 1945.
No dia 6 de Agosto de 1945, ao final da Segunda Guerra Mundial, a cidade japonesa de Hiroshima foi desnecessariamente bombardeada pela força aérea americana. Três dias mais tarde seguiu-se o bombardeio de Nagasaki. Sua justificativa era a de forçar a rendição do Japão, porém, o que ficou evidenciado era que o ato fazia parte de uma verdadeira demonstração de força do armamento nuclear dos EUA. As cidades foram escolhidas por estarem situadas exatamente entre vales, o que facilitaria a avaliação dos danos causados pela nova tecnologia bélica, a qual nunca até então havia sido usada e nem se sabia quais seriam suas consequências. Soma-se a isso o fato de que essas cidades nunca sofreram ataques durante a Segunda Guerra, ou seja, era pouco vigiadas.


A detonação da Little Boy, como era chamada a bomba causou a morte de mais de 250 mil pessoas em Hiroshima. Ela destruiu tudo o que encontrava num raio de dois quilômetros e meio, devastando vegetação e estrutura da cidade. A detonação da Fat Man sobre Nagasaki causou tanta destruição quanto em Hiroshima. Sobreviventes que sofreram fortes queimaduras devidas a propagação do intenso calor, fora da área de explosão, andavam pelas ruas sem saber o que havia acontecido. A radioatividade se espalhou provocando chuvas ácidas, causando a contaminação da região, incluindo lagos, rios, plantações. Os sobreviventes foram atendidos dias depois, o que ocasionou a morte lenta e agonizante de muitos. Até os dias de hoje os descendentes dos habitantes afetados sofrem os efeitos da radioatividade. Tempos depois a cidade foi sendo reconstruída. Após mais de 60 anos decorridos da tragédia que marcou a história mundial, Hiroshima se transformou numa cidade moderna e desenvolvida, com árvores, prédios, pessoas circulando e carros, como em qualquer outra. Contudo, as lembranças continuam vivas dentro de cada um. Sendo assim foi construído o Memorial da Paz de Hiroshima, uma das atrações mais visitadas no Japão, servindo de apelo à paz e um acervo cultural.

11 de maio de 2011

Política - 2º ano - "A Política e a busca pela felicidade"

Grécia, ano de 384 a.C. nasce Aristóteles. Ele  foi o discípulo mais famoso de Platão (que foi discípulo de Sócrates) e procurou falar sobre coisas reais, como os sistemas políticos existentes na sua época. Ele utiliza-se do termo política para um assunto único: a ciência da felicidade humana. A felicidade consistiria numa certa maneira de viver. O objetivo da política é, em primeiro lugar, descobrir a maneira de viver que leva à felicidade humana, isto é, sua situação material, e, depois, a forma de governo e as instituições sociais capazes de a assegurarem. Nesta época, somente eram considerados cidadãos aqueles que estivessem em condições de opinar sobre os rumos da sociedade. A condição era que fosse um homem totalmente livre, isto é, não tivesse a necessidade de trabalhar para sobreviver, uma vez que o envolvimento nos negócios públicos exigia dedicação integral.  Portanto, era pequeno o número de cidadãos, pois excluíam, além dos homens ocupados (comerciantes, artesãos), as mulheres, os escravos e os estrangeiros. Desta forma, apenas os proprietários de terras eram considerados homens livres e assim tinham o direito de decidir sobre o governo. A cidadania grega englobava apenas os direitos políticos, identificados com a participação nas decisões sobre a coletividade.

A mudança neste tipo de pensamento político começou a mudar com o Iluminismo, que surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da Razão sobre a visão teocêntrica, na qual Deus é o centro do universo, que dominava a Europa desde a Idade Média. Para os filósofos Iluministas o homem era naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada. Por esta razão, eles eram contra as imposições de caráter religioso.
O termo cidadão tornou-se sinônimo de homem livre, portador de direitos e obrigações a título individual, assegurados em lei. É na cidade que se formam as forças sociais mais diretamente interessadas na individualização e na codificação desses direitos: a burguesia e a moderna economia capitalista.

Para saber mais:
Revoluções burguesas:

Independência dos Estados unidos (4 de julho de 1776) (Link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_da_Independ%C3%AAncia_dos_Estados_Unidos)

Revolução Francesa (Queda da Bastilha - 14/07/1789) (Link: http://www.algosobre.com.br/historia/revolucao-francesa-1789-1799.html)

Revolução Industrial (Meados sec. XVIII na Inglaterra) (http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/revolucao-industrial/revolucao-industrial.php)

23 de abril de 2011

O Analfabeto Político



“O Analfabeto Político” - Bertolt Brecht
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

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