14 de maio de 2011

13 de maio de 2011

3ºs Anos - A Segunda Guerra Mundial

Período entres Guerras: As razões que levaram à Segunda Guerra Mundial


Tratado de Versalhes
Em 28 de junho de 1919, o Tratado de Versalhes punha fim oficialmente a Primeira Guerra Mundial e pretendia devolver a paz à Europa e ao mesmo tempo eliminar o potencial bélico e industrial Alemão. No entanto, ocorreu o fortalecimento do sentimento nacionalista Alemão e de vingança na Alemanha.
A Alemanha foi obrigada a entregar todo seu equipamento bélico ( 5 mil canhões, 25 mil metralhadoras, 3 mil morteiros, 1700 aeroplanos, 5 mil locomotivas, 150 mil vagões, 5 mil caminhões, 6 cruzadores, 10 encouraçados, 8 cruzadores e 50 destróieres), a retirar suas tropas da região do Reno, próxima da França, a reduzir o efetivo militar, foi proibida de se unir à Áustria e perdeu todos os seus territórios na África e Ásia. Na Europa, o país foi obrigado a devolver as regiões da Alsácia e Lorena à França e as regiões de Dantzig (de população predominantemente alemã) `a Polônia. O governo alemão foi obrigado a pagar pesada indenização não somente aos países que haviam sido invadidos, mas também aos EUA, Inglaterra e algumas de suas colônias, fortalecendo o imperialismo britânico.

 A Itália pode ser considerada como grande derrotada na Primeira Guerra, pois apesar de ter lutado a favor dos Aliados, de ter contribuído com recursos materiais e de ter parte de seu território ocupado e destruído durante a guerra, não conseguiu ver atendidas suas reivindicações territoriais e recebeu uma parcela irrisória das indenizações pagas pela Alemanha

Imperialismo e Nacionalismo
O nacionalismo exacerbado que tomou conta de vários países da Europa após a Primeira Guerra, foi uma reação à nova ordem geopolítica imposta pelos Tratados do pós Guerra, principalmente pelo Tratado de Versalhes, que teve efeitos diretos sobre a Alemanha e indiretos sobre a Itália. A luta por territórios, importantes do ponto de vista econômico e estratégico, foi determinante para reforçar o sentimento nacionalista em vários países. A radicalização do sentimento nacionalista está associada a idéia de crescimento e ao mesmo tempo à idéia de repúdio àqueles que impedem o crescimento e contribuiu para a implantação de governos totalitários e militaristas. Uma outra fórmula que serviu para reforçar tanto o sentimento nacionalista como os governos militares, foi a posição do empresariado destes países, frente a possibilidade de avanço comunista.

A situação da Alemanha

Ao final da Primeira Guerra a monarquia fora eliminada, considerada como culpada pelo fracasso da política bélica alemã, e desta forma, o exército procurou sair da guerra como uma instituição vitoriosa: cumprira sua missão, uma vez que o território alemão não havia sido invadido. Com o fim da monarquia, iniciou-se um período que ficou conhecido como a " República de Weimar" que se dizia um governo liberal, apoiado em uma nova Constituição, mas que se iniciava sob o espectro da crise econômica e social. O novo governo, ao aceitar as imposições imperialistas do Tratado de Versalhes, nascera fadado a viver sob constante crise. Para se preservar no poder o novo governo adotou uma posição conservadora, não atendendo as expectativas dos trabalhadores que o haviam apoiado, voltando-se para os setores mais conservadores da sociedade, como militares e empresários ultranacionalistas.
O Partido Nazista passou a se aproveitar das divisões internas dos grupos que apoiavam o governo e do caos econômico. Hitler começou a conquistar o apoio do povo alemão defendendo uma política de força como solução para os grandes problemas alemães. Sua propaganda era extremamente nacionalista e xenófoba, dirigida contra o comunismo e contra os judeus. O inicio da década de 30 foi marcado pelo acirramento das disputas políticas e de uma forma geral pelo avanço do nazismo. Em 30 de janeiro Hitler foi nomeado Chanceler; em fevereiro as forças paramilitares incendiaram o Reichstag, atribuindo a culpa aos comunistas, originando violentas perseguições aos sindicatos e aos membros do partido Comunista. A ameaça comunista e a necessidade de limitar a ação dos judeus foi o pretexto utilizado para reforçar a centralização. Em março, com maioria de nazistas, o parlamento concede plenos poderes a Hitler através do Ato de Autorização, que lhe permitiria decretar leis sem aprovação. Com a morte do presidente Hindenburg., assume também a presidência. O governo ditatorial passa a desenvolver então uma política belicista, de reorganização militar e investimento na indústria bélica, com vistas a colocar em prática sua política expansionista.

A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

A paz humilhante e revanchista imposta no Congresso de Versalhes aos derrotados na 1ª Guerra Mundial foi, sem dúvida, uma das causas da 2ª Guerra Mundial iniciada 20 anos depois.
Podemos citar ainda, causas determinantes do segundo conflito mundial, a crise de 1929, a implantação dos regimes totalitários de direita e de esquerda e os interesses imperialistas e expansionistas de algumas das grandes potências mundiais, como a Alemanha, a União Soviética, o Japão, a Itália e outras.
No período entre guerras, as nações européias reiniciam suas políticas de alianças político-militares, a corrida armamentista e acordos de não-agressão, que não foram respeitados, principalmente pelos alemães e italianos. As anexações da Áustria e da Tchecoslováquia pela Alemanha prenunciavam a eclosão da guerra, que finalmente teve início quando os exércitos de Hitler invadiram a Polônia. Em 1941, os Estados Unidos entraram na guerra ao lado dos seus aliados tradicionais, França e Inglaterra, e a Alemanha invadiu a União Soviética, quebrando o acordo de não-agressão e neutralidade assinado por Hitler e Stalin em 1939.

As vitórias alemães nos primeiros anos de guerra e a ocupação nazista de países como França, Noruega, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Grécia, Iugoslávia e outros geravam a crença de que Hitler poderia dominar o mundo. 
A entrada dos Estados Unidos na guerra e o fim da neutralidade soviética começaram a inverter tal situação. A partir de 1943, depois da vitória da União Soviética na Batalha de Stalingrado, começou a supremacia dos exércitos soviéticos sobre as tropas Alemães. A partir do famoso Dia D, quando os aliados iniciaram a grande ofensiva para libertar a França, os exércitos Nazistas, que já sofriam sucessivas derrotas na frente oriental para os soviéticos, foram recuando para suas fronteiras até a rendição final, em Maio de 1945.
No dia 6 de Agosto de 1945, ao final da Segunda Guerra Mundial, a cidade japonesa de Hiroshima foi desnecessariamente bombardeada pela força aérea americana. Três dias mais tarde seguiu-se o bombardeio de Nagasaki. Sua justificativa era a de forçar a rendição do Japão, porém, o que ficou evidenciado era que o ato fazia parte de uma verdadeira demonstração de força do armamento nuclear dos EUA. As cidades foram escolhidas por estarem situadas exatamente entre vales, o que facilitaria a avaliação dos danos causados pela nova tecnologia bélica, a qual nunca até então havia sido usada e nem se sabia quais seriam suas consequências. Soma-se a isso o fato de que essas cidades nunca sofreram ataques durante a Segunda Guerra, ou seja, era pouco vigiadas.


A detonação da Little Boy, como era chamada a bomba causou a morte de mais de 250 mil pessoas em Hiroshima. Ela destruiu tudo o que encontrava num raio de dois quilômetros e meio, devastando vegetação e estrutura da cidade. A detonação da Fat Man sobre Nagasaki causou tanta destruição quanto em Hiroshima. Sobreviventes que sofreram fortes queimaduras devidas a propagação do intenso calor, fora da área de explosão, andavam pelas ruas sem saber o que havia acontecido. A radioatividade se espalhou provocando chuvas ácidas, causando a contaminação da região, incluindo lagos, rios, plantações. Os sobreviventes foram atendidos dias depois, o que ocasionou a morte lenta e agonizante de muitos. Até os dias de hoje os descendentes dos habitantes afetados sofrem os efeitos da radioatividade. Tempos depois a cidade foi sendo reconstruída. Após mais de 60 anos decorridos da tragédia que marcou a história mundial, Hiroshima se transformou numa cidade moderna e desenvolvida, com árvores, prédios, pessoas circulando e carros, como em qualquer outra. Contudo, as lembranças continuam vivas dentro de cada um. Sendo assim foi construído o Memorial da Paz de Hiroshima, uma das atrações mais visitadas no Japão, servindo de apelo à paz e um acervo cultural.

11 de maio de 2011

Política - 2º ano - "A Política e a busca pela felicidade"

Grécia, ano de 384 a.C. nasce Aristóteles. Ele  foi o discípulo mais famoso de Platão (que foi discípulo de Sócrates) e procurou falar sobre coisas reais, como os sistemas políticos existentes na sua época. Ele utiliza-se do termo política para um assunto único: a ciência da felicidade humana. A felicidade consistiria numa certa maneira de viver. O objetivo da política é, em primeiro lugar, descobrir a maneira de viver que leva à felicidade humana, isto é, sua situação material, e, depois, a forma de governo e as instituições sociais capazes de a assegurarem. Nesta época, somente eram considerados cidadãos aqueles que estivessem em condições de opinar sobre os rumos da sociedade. A condição era que fosse um homem totalmente livre, isto é, não tivesse a necessidade de trabalhar para sobreviver, uma vez que o envolvimento nos negócios públicos exigia dedicação integral.  Portanto, era pequeno o número de cidadãos, pois excluíam, além dos homens ocupados (comerciantes, artesãos), as mulheres, os escravos e os estrangeiros. Desta forma, apenas os proprietários de terras eram considerados homens livres e assim tinham o direito de decidir sobre o governo. A cidadania grega englobava apenas os direitos políticos, identificados com a participação nas decisões sobre a coletividade.

A mudança neste tipo de pensamento político começou a mudar com o Iluminismo, que surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da Razão sobre a visão teocêntrica, na qual Deus é o centro do universo, que dominava a Europa desde a Idade Média. Para os filósofos Iluministas o homem era naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada. Por esta razão, eles eram contra as imposições de caráter religioso.
O termo cidadão tornou-se sinônimo de homem livre, portador de direitos e obrigações a título individual, assegurados em lei. É na cidade que se formam as forças sociais mais diretamente interessadas na individualização e na codificação desses direitos: a burguesia e a moderna economia capitalista.

Para saber mais:
Revoluções burguesas:

Independência dos Estados unidos (4 de julho de 1776) (Link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_da_Independ%C3%AAncia_dos_Estados_Unidos)

Revolução Francesa (Queda da Bastilha - 14/07/1789) (Link: http://www.algosobre.com.br/historia/revolucao-francesa-1789-1799.html)

Revolução Industrial (Meados sec. XVIII na Inglaterra) (http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/revolucao-industrial/revolucao-industrial.php)