11 de abril de 2012

Matérias Atualizadas - 3ºs Anos

A matéria vista nos terceiros anos demonstra as formas de preconceito racial, no Brasil e no mundo.

Darwinismo Social e Herbert Spencer
Herbert Spencer nasceu em Derby em 27 de Abril de 1820 e faleceu em Brighton em 8 de Dezembro de 1903. Foi filósofo inglês e um dos representantes do positivismo. Profundo admirador da obra de Charles Darwin, é dele a expressão "sobrevivência do mais apto" e em sua obra procurou aplicar as leis da evolução a todos os níveis da atividade humana. Spencer é considerado o "pai" do Darwinismo social, embora jamais tenha utilizado o termo.  O filósofo aplicou à sociologia idéias que retirou das ciências naturais, criando um sistema de pensamento muito influente a seu tempo. Suas conclusões o levaram a defender a primazia do indivíduo perante a sociedade e o Estado, e a natureza como fonte da verdade, incluindo a verdade moral. No campo pedagógico, Spencer fez campanha pelo ensino da ciência, combateu a interferência do Estado na educação e afirmou que o principal objetivo da escola era a construção do caráter.
            No Brasil, nas últimas décadas do século XIX intelectuais e pensadores como Nina Rodrigues e Sílvio Romero defendiam a tese da existência de uma raça superior, propondo o branqueamento da população como uma forma de superar a mistura de “cores” que caracteriza o povo brasileiro. A aplicação prática dessa concepção se traduziu no incentivo à imigração maciça de trabalhadores europeus (italianos, alemães, espanhóis, poloneses, ucranianos), que, ao longo do tempo, branqueariam a sociedade do país. Mais tarde, já no século XX, esse pensamento perdeu força e a mistura de raças passou a ser vista como algo benéfico. Foi nesse momento, por exemplo, que o samba, o violão, o frevo e a capoeira deixaram de ser criminalizados e marginalizados no Brasil, passando a ser aceitos em setores sociais mais elitizados.
A política de branqueamento que caracterizou o racismo no Brasil foi gerada por ideologias e pelos estereótipos de inferioridade e/ou superioridade raciais. A ideologia do branqueamento teve como objetivo propagar que não existem diferenças raciais no país e que todos aqui vivem de forma harmoniosa, sem conflitos (mito da democracia racial).  Além desses aspectos, projeta uma nação branca que, através do processo de miscigenação, irá erradicar o negro da nação brasileira, supondo-se, assim, que a opressão racial acabaria com a raça negra pelo processo de branqueamento. Essa tese é apresentada pelo Brasil ao mundo.
Gilberto Freire foi um dos pioneiros desse “mito da democracia racial”  apregoando que existe, no Brasil, a igualdade de oportunidades para brancos, negros e mestiços. A disseminação desse mito permitiu esconder as desigualdades raciais, que eram constatadas nas práticas discriminatórias de acesso ao emprego, nas dificuldades de mobilidade social da população negra, que ocupou e ocupa até hoje os piores lugares na estrutura social, que freqüenta as piores escolas e que  recebe remuneração inferior à do branco pelo mesmo trabalho e tendo a mesma qualificação profissional. A falta de conflitos étnicos não caracteriza ausência de discriminação, muito pelo contrário, o silêncio favorece o “status quo” que, por sua vez, beneficia a classe dominante.


Apartheid (Vidas Separadas) África do Sul 1948 a 1994

Foi um regime de segregaçã racial ocorrido na África do Sul, implantado pela minoria branca, os descendentes dos colonizadores brancos, os Africâners. Os negros foram impedidos de participar da vida política do país, não tinham acesso à propriedade de terras, eram obrigados a viver em zonas determinadas pelo governo e serviços públicos como saúde e educação eram inferiores se comparados aos que eram prestados aos brancos. 
Em 1949 o casamento misto se torna ilegal - Passa a ser crime ter relações afetivo sexuais entre raças diferentes.

Em 1953 é aprovada a Lei de reserva de benefícios sociais - Locais públicos como praias, ônibus, hospitais, escolas, universidades, entre outros, passam a ser reservados para determinada raça, o uso passa a ser exclusivo para brancos ou para negros, dependendo do local frequentado - E o governo se isentava de oferecer serviços públicos com a mesma qualidade para todos os cidadãos, negros ou brancos.

Ainda em 1953 entra em vigor a Lei de Educação Bantu, que passa a separar o que é ensinado, uma vez que existem escolas para negros e escola para brancos. O ensino é diferenciado para cada grupo, os negros aprendem a servir como trabalhadores braçais e os brancos a serem intelectuais.


Definição de Racismo: É uma forma de pensamento que prioriza a noção de existência de raças humanas superiores, comumente relacionando características físicas hereditárias a determinados traços de caráter e inteligência.

Definição de Xenofobia:  É o medo, aversão profunda em relação aos estrangeiros, estendendo à grupos ou pessoas pertencentes a diferentes culturas e etnias.



Matérias Atualizadas - 2ºs anos

A matéria para os segundos anos aborda o contraste entre sociedades tradicionais e a sociedade modermna. O autor escolhido foi Friederich Engels - A abordagem traçada por ele acerca da propriedade privada e as mudanças ocorridas na sociedade demonstra como a sociedade se formou em torno do capital. 

Friedrich Engels
(Nasceu em Barmen 28 de novembro de 1820 e faleceu em Londres 5 de agosto de 1895) 
Foi um teórico revolucionário alemão que junto com Karl Marx fundou o chamado socialismo científico ou marxismo.

A origem da família, da propriedade privada e do Estado
A Barbárie é a organização do tipo tribal, em que as pessoas se agrupam de forma espontânea, não existindo escravidão, servidão nem dominação e os conflitos entre tribos são resolvidos pela guerra. O trabalho é divido entre Homens e Mulheres, sendo chamada de Divisão Sexual do Trabalho. Cada um cuida e produz as ferramentas para seu trabalho, o homem é responsável pela caça e vai à guerra e a mulher cuida da casa e da agricultura.

         Com a domesticação e criação do gado, começa a ocorrer a troca entre as tribos. Com o surgimento da propriedade privada a troca passa a ser entre indivíduos. O gado vira a principal moeda de troca, desenvolvendo todos os ramos da produção. O homem quer produz mais do que consome e aumenta o tempo de trabalho, ainda assim, necessita de mão de obra e obtém através de Guerras o Escravo. Ocorre a primeira grande divisão do trabalho: A divisão Social do trabalho, por classes sociais, livre e escravo, explorador e explorado. A mulher passa a ser dominada pelo homem: O trabalho da mulher perde importância se comparado ao do homem, justificando a dominação masculina.

            Com o domínio do Ferro, surge a chamada “Época Heróica”: A Época da Espada e do Arado. A agricultura, antes familiar, passa a ser feita em larga escala, auxiliada pelo arado de ferro, proporcionando o aumento da riqueza individual. A espada de ferro surge enquanto arma mais resistente às anteriores, fazendo com que haja muitas guerras neste período, forma de conquistar territórios e escravos, que são aqueles mantém o sistema social. A guerra é um negócio.

            A dominação masculina ganha mais força com a introdução do direito paterno, ou seja, o homem descobre que é ‘pai’. Para garantir a paternidade (DNA é atual!) institui o conceito de “virgindade”, não bastando, pode-se vigiar e prender a mulher para garantir que todos os filhos seriam do marido. O cinto de castidade é um exemplo. Assim a paternidade é uma garantia para que ocorra a sucessão hereditária, a idéia de herança. São lançadas as bases da monarquia e nobreza baseadas na hereditariedade. Surge o comerciante, que faz a ponte entre o produtor e o consumidor. Ele cria a moeda, o empréstimo, os juros e a usura. Ele é um explorador, não produz nada, somente lucra ao explorar produtor e consumidor. Surge uma nova sociedade, a Civilização.

            São homens livres e escravos que mantém o sistema, ocorrendo a luta de classes. Nasce o Estado, um produto social, surge para conter a luta de classes. É uma instituição coercitiva de dominação e repressão da classe oprimida, que cobra impostos para manter seu funcionamento. O Estado Antigo se caracteriza pelos senhores de escravos; O Estado Feudal é a luta entre a nobreza e os camponeses; O Estado moderno é a exploração do trabalho assalariado. É possível o Fim do Estado? 


Como não é possível o Fim do Estado, conforme foi assinalado no debate feito em sala, o que nos leva a "OBEDECER"? Utilizo Max Weber para iniciarmos o debate acerca do  tema Dominação Legítima.


Os três tipos de Dominação Legítima
Max Weber (1864-1920)

Maximillian Weber (Erfurt, 21 de Abril de 1864 — Munique, 14 de Junho de 1920) foi um intelectual alemão, jurista, economista e considerado um dos fundadores da Sociologia. Segundo Max Weber para que um Estado exista, é necessário que um conjunto de pessoas obedeça à autoridade alegada pelos detentores do poder no referido Estado. Por outro lado, para que os dominados obedeçam é necessário que os detentores do poder possuam uma autoridade reconhecida como legítima

A dominação é a probabilidade de encontrar obediência a um determinado mandato. Tal obediência pode vir de diversos motivos, como por exemplo, do costume, do puro afeto, por conveniência. Nas relações entre dominantes e dominados, as relações de dominação apóiam-se em bases jurídicas (Lei): É a legitimidade. O abalo neste sistema pode acarretar conseqüências de grande alcance, como por exemplo, uma guerra civil. (Exemplo: ETA- Bascos na Espanha)

1º tipo: Dominação Legal
            A dominação legal é a dominação burocrática e ocorre por meio de eleição ou nomeação. A obediência se dá pela regra estatuída, que estabelece ao mesmo tempo a quem obedece e em qual medida se obedece. O dever de obediência está graduado numa hierarquia de cargos, com subordinação do inferior ao superior, dispondo de um direito de queixa regulamentada.
            A dominação legal não ocorre apenas com o Estado, mas também numa empresa capitalista privada e qualquer associação que disponha de um quadro administrativo e hierarquicamente articulado.
No cerne de relações sociais, moldadas pelas lutas, Max Weber percebe de fato a dominação, dominação esta, assentada em uma verdadeira constelação de interesses, monopólios econômicos, dominação estabelecida na autoridade, ou seja o poder de dar ordens, por isso ele acrescenta a cada tipo de atividade tradicional, afetiva ou racional um tipo de dominação particular.Weber definiu as dominações como a oportunidade de encontrar uma pessoa determinada pronta a obedecer a uma ordem de conteúdo determinado.
Dominação Legal (onde qualquer direito pode ser criado e modificado através de um estatuto sancionado corretamente), tendo a “burocracia” como sendo o tipo mais puro desta dominação. Os princípios fundamentais da burocracia, segundo o autor são a Hierarquia Funcional, a Administração baseada em Documentos, a Demanda pela Aprendizagem Profissional, as Atribuições são oficializadas e há uma Exigência de todo o Rendimento do Profissional. A obediência se presta não à pessoa, em virtude de direito próprio, mas à regra, que se conhece competente para designar a quem e em que extensão se há de obedecer. Weber classifica este tipo de dominação como sendo estável, uma vez que é baseada em normas que, como foi dito anteriormente, são criadas e modificadas através de um estatuto sancionado corretamente. Ou seja, o poder de autoridade é legalmente assegurado.

2º Dominação Tradicional (onde a autoridade é, pura e simplesmente, suportada pela existência de uma fidelidade tradicional); o governante é o patriarca ou senhor, os dominados são os súditos e o funcionário é o servidor. O patriarcalismo é o tipo mais puro desta dominação. Presta-se obediência à pessoa por respeito, em virtude da tradição de uma dignidade pessoal que se julga sagrada. Todo o comando se prende intrinsecamente à normas tradicionais (não legais), seria um tipo de “lei moral”. A criação de um novo direito é, em princípio, impossível, em virtude das normas oriundas da tradição. Também é classificado, por Weber, como sendo uma dominação estável, devido à solidez e estabilidade do meio social, que se acha sob a dependência direta e imediata do aprofundamento da tradição na consciência coletiva. 

3º Dominação Carismática (onde a autoridade é suportada, graças a uma devoção afetiva por parte dos dominados). Ela assenta sobre as “crenças” transmitidas por profetas, sobre o “reconhecimento” que pessoalmente alcançam os heróis e os demagogos, durante as guerras e revoluções, nas ruas e nas tribunas, convertendo a fé e o reconhecimento em deveres invioláveis que lhes são devidos pelos governados. A obediência a uma pessoa se dá devido às suas qualidades pessoais. Não apresenta nenhum procedimento ordenado para a nomeação e substituição. Não há carreiras e não é requerida formação profissional por parte do “portador” do carisma e de seus ajudantes. Weber coloca que a forma mais pura de dominação carismática é o caráter autoritário e imperativo. Contudo, Weber classifica a Dominação Carismática como sendo instável, pois nada há que assegure a perpetuidade da devoção afetiva ao dominador, por parte dos dominados. 

Max Weber observa que o poder racional ou legal cria em suas manifestações de legitimidade a noção de competência, o poder tradicional a de privilégio e o carismático dilata a legitimação até onde alcance a missão do “chefe”, na medida de seus atributos carismáticos pessoais.  


 

Matérias Atualizadas - 1ºs Anos

Faz tempo que não escrevo, falta de tempo, muitas turmas, mas atualizarei sempre que possível. 
Para os primeiros anos, a matéria vista até o momento foi uma breve introdução à Sociologia e sua importância. Émile Durkheim (que eu adoro) foi o autor escolhido.



Émile Durkheim
(Épinal, 15 de abril de 1858 — Paris, 15 de novembro de 1917)

Seu pai era um rabino e sua família era muito religiosa. Porém, optou por uma vida secular (Secular: Aquele que não fez votos religiosos). Desde jovem foi um opositor da educação religiosa e defendia o método científico como forma de desenvolvimento do conhecimento. Em boa parte dos seus trabalhos procurou demonstrar que os fenômenos religiosos tinham origem em acontecimentos sociais.
Antes de criar propriamente o seu método sociológico, duas questões deveriam ser resolvidas: 

  1. Como é criada a relação entre indivíduo e sociedade A sociedade (objeto) é superior ao indivíduo (sujeito);
    As estruturas sociais funcionam de modo independente dos indivíduos, condicionando suas ações. 

     O TODO condiciona as PARTES.

  1. Como ele entendia o papel do método científico na explicação dos fenômenos sociais
     Intenção de fazer da sociologia uma ciência “madura” como as ciências naturais; 

     A realidade social é idêntica à realidade da natureza: equipara-se aos fenômenos por ela estudados; 
    a primeira regra da sociologia é considerar os fatos sociais como coisas”.

O que é o método funcionalista?
  Durkheim compara a sociedade a um “corpo vivo” e cada órgão cumpre uma função = metodologia funcionalista. A sociedade assim como o corpo humano, é composta de várias partes e cada parte cumpre uma função em relação ao todo.  O todo predomina sobre as partes; As partes (os fatos sociais) existem em função do todo (a sociedade); 

 Função social: a ligação que existe entre as partes e o todo. 
A sociedade, como todo organismo, apresenta estados normais e patológicos, ou seja, saudáveis e doentios. 
 Finalidade da Sociologia: encontrar remédios para regularizar a vida social.

Para Durkheim qual o objeto de estudo da sociologia? O objeto de estudo da sociologia é o fato social.

O que é o fato social?
Fatos sociais consistem em maneiras de agir, pensar, sentir que são exteriores ao indivíduo e dotadas de um poder coercitivo em virtude do qual se impõem como obrigação. Portanto, não poderiam ser confundidos com os fenômenos psíquicos, por estes só existirem na consciência dos indivíduos e devido a ela.

            Durkheim distingue três características dos fatos sociais:
1ª É geral, pois se repete a todos os indivíduos, ou quase todos e se manifesta como sendo um estado comum ao grupo;
2ª É exterior ao indivíduo, se aplica a todos os membros da sociedade, independente da sua vontade e escolha;
3ª É coercitivo, isto é, a força que os fatos exercem sobre os indivíduos, levando-os a conformar-se às regras da sociedade em que vivem independentemente de sua vontade e escolha. Essa força se manifesta quando o indivíduo adota um determinado idioma, quando se submete a um determinado tipo de formação familiar ou quando está subordinado a determinado código de leis.

O grau de coerção dos fatos sociais se torna evidente pelas sanções a que o indivíduo estará sujeito quando tenta se rebelar contra elas. As sanções podem ser legais ou espontâneas. Legais são as sanções prescritas pela sociedade, sob a forma de leis, nas quais se estabelece a infração e a penalidade subseqüente. Espontâneas seriam as que ocorrem em decorrência de uma conduta não adaptada à estrutura do grupo ou da sociedade à qual o indivíduo pertence.


O Papel da Divisão do Trabalho:
A divisão do trabalho aumenta simultaneamente a força produtiva e a habilidade do trabalhador; É a condição necessária do desenvolvimento intelectual e material das sociedades; É a fonte da civilização; Função de criar entre duas ou várias pessoas um sentimento de solidariedade. Estabelece uma ordem social e moral sui generis (único em seu gênero, peculiar). Sem isso os indivíduos seriam independentes, mas estão ligados uns aos outros,  e conjugam seus esforços: são solidários.

Os dois tipos de solidariedade

Solidariedade Mecânica
A sociedade é um conjunto mais ou menos organizado em torno de crenças e sentimentos comuns a todos os membros do grupo: É O TIPO COLETIVO. A consciência individual é uma simples dependência do tipo coletivo, uma vez que existe um total predomínio do grupo sobre o indivíduo. Os indivíduos vivem em sociedade pelo fato de que eles partilham de uma “cultura comum” e que os obriga a viver em coletividade. 

Solidariedade Orgânica
A sociedade possui é um sistema de funções diferentes e especiais que unem relações definidas. É produzida pela divisão do trabalho; Supõe que os indivíduos difiram entre si; Só é possível se cada um tem uma esfera própria de ação e, por conseguinte, uma personalidade; O indivíduo depende da sociedade porque depende das partes que a compõem; Cada um depende tanto mais da sociedade quanto mais dividido é o trabalho; A atividade de cada um é tanto mais pessoal quanto mais especializada; A unidade do organismo é tanto maior quanto mais marcada é a individuação das partes


O suicídio

“O Suicídio” foi escrito em 1897 e trata de um assunto considerado psicológico abordado polemicamente por Durkheim como fenômeno social. Sua intenção era provar sua tese de que o suicídio é um fato social, uma forma de coerção exterior e independente do indivíduo, estabelecida em toda a sociedade e que, portanto, deve ser tratado como assunto sociológico: É a sociedade que explica o comportamento do indivíduo. Ele utilizou dados estatísticos e analisou diferentes meios e tipos individuais para embasar suas teses, criou e desenvolveu conceitos importantes como '"fato social", "anomia", "solidariedade", "coerção", entre outros. Seus escritos foram exemplo de como monografias sociológicas deveriam ser feitas.

Suicídio egoísta
O suicídio egoísta consiste em uma falha na integração social, uma individualização excessiva com o meio social: o que há de social em nós fica desprovido de qualquer fundamento objetivo. Para aquele que se encontra nessa situação nada mais resta para justificar seus esforços e pouco importa o fim de sua vida, já que ele está pouco integrado com seu meio social (família, amigos, instituições sociais como a escola). Os indivíduos pensam essencialmente em si mesmos, sofrendo com depressão, melancolia e outros sentimentos.

Suicídio altruísta
Neste caso o indivíduo se identifica tanto com a coletividade que é capaz de tirar sua vida por ela. Um exemplo típico de suicídio altruísta é o caso dos soldados japoneses que lutaram na Segunda Guerra Mundial e que ficaram conhecidos como Kamicases: Eles lançavam as aeronaves em que pilotavam sobre os inimigos provocando sua própria morte. Morrer assim era considerado uma forma de honrar o Imperador. 

Suicídio anômico
Se nada pode conter o indivíduo é preciso que a sociedade exerça uma força reguladora diante das necessidades morais. Caso isso não ocorra os desejos tornam-se ilimitados e a insaciabilidade torna-se um indício de morbidez.  Quando as normas estão ausentes ou perderam o sentido, os laços que prendem os indivíduos aos grupos se afrouxam, há uma crise social que provoca o aumento desse tipo de suicídio.