Este é um poema de Vladimir Vladimirovitch Maiakovski, nascido em 19 de julho de 1893 na Geórgia, então Império Russo. Após a revolução de 1917, Maiakovski colaborou com o governo na criação de lemas revolucionários, como "não há conteúdo revolucionário sem forma revolucionária". Suicidou-se com um tiro, aos 37 anos de idade, em 14 de Abril de 1930.
POEMA DE MAIAKOVSKI
Primeiro, eles vêm à noite, com passo furtivo
arrancam uma flor
e não dizemos nada.
No dia seguinte, já não tomam precauções:
entram no nosso jardim,
pisam nossas flores,
matam nosso cão
e não dizemos nada.
Até que um dia o mais débil dentre eles
entra sozinho em nossa casa,
rouba nossa luz,
arranca a voz de nossa garganta
e já não podemos dizer nada.
Pensem sobre o significado do poema!!!
Ao deixarmos de reivindicar nossos DIREITOS quando somos agredidos, perdemos a oportunidade de fazer valer nossa força, nossa voz, nossa LIBERDADE de Expressão! Quando ficamos quietos perante às injustiças cometidas na nossa frente, acabamos por concordar com elas, concordar que sejam cometidas. Até que chega a um ponto em que nossa voz será calada, não poderemos falar mais nada porque seremos totalmente reprimidos, massacrados e calados. Então, não teremos como reclamar porque nunca reclamamos antes....
Acho q ha´algo de errado, pois se procurarmos mais....o texto é de um Brasileiro:
ResponderExcluirhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_Alves_da_Costa
Esse poema, tem o título de No caminho, com Maiakovski. Porém, é de um brasileiro.
ResponderExcluirTu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na Segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz;
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.
Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne a aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.
Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas ao tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.
E por temor eu me calo,
por temor aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita – MENTIRA!!
Poema de Eduardo Alves da Costa.
Esse poema é do escritor brasileiro Eduardo Alves da Costa.
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