Matéria 1º e 2ºs Anos
A Política de Aristóteles (384-322
a.c.)
“O Homem é um animal político”.
Aristóteles
é o discípulo mais famoso de Platão, que foi discípulo de Sócrates, procurou
falar sobre coisas reais, como os sistemas políticos existentes na sua época.
Assumiu a função de preceptor do jovem príncipe persa Alexandre, o Grande,
aquele que se tornaria um dos maiores generais da história.
Aristóteles
utiliza-se do termo política para um assunto único: a ciência da felicidade
humana. A felicidade consistiria numa certa maneira de viver. O objetivo da
política é, em primeiro lugar, descobrir a maneira de viver que leva à
felicidade humana, isto é, sua situação material, e, depois, a forma de governo
e as instituições sociais capazes de a assegurarem. Nesta Grécia de “Platão e Aristóteles”,
eram considerados cidadãos todos aqueles que estivessem em condições de opinar
sobre os rumos da sociedade. A condição era que fosse um homem totalmente
livre, isto é, não tivesse a necessidade de trabalhar para sobreviver, uma vez
que o envolvimento nos negócios públicos exigia dedicação integral. Portanto,
era pequeno o número de cidadãos, pois excluíam, além dos homens ocupados
(comerciantes, artesãos), as mulheres, os escravos e os estrangeiros. Desta
forma, apenas os proprietários de terras eram considerados homens livres e
assim tinham o direito de decidir sobre o governo. A cidadania grega englobava
apenas os direitos políticos, identificados com a participação nas decisões
sobre a coletividade.
O governo
pode ser exercido de três maneiras diferentes: por um só (monarquia), por
poucos (aristocracia = governo dos melhores) ou por muitos (democracia =
governo da maioria ou do povo). Se tais governos têm como objetivo o bem comum,
podemos dizer que são constituições retas, ou puras. Por outro lado, se os
poderes forem exercidos para satisfazer o interesse de um só, de um grupo ou de
apenas uma classe social, essa constituição está desvirtuada, depravou-se.
Quando um regime se inclina para algum tipo de exclusivismo, voltando as costas
ao coletivo, é porque perverteu-se. A tirania e a oligarquia, por exemplo, são
deformações da monarquia e da aristocracia que terminam por beneficiar
interesses particulares, o do tirano e o do grupo que detém o poder,
marginalizando o bem público.
Para obter
uma sociedade estável, ele considera que o regime mais adequado é o misto, que
equilibre a força dos ricos com o número dos pobres. Para ele a sociedade ideal
seria aquela baseada na mediania, que, ao mesmo tempo em que, graças presença
de uma poderosa classe média, atenua os conflitos entre ricos e pobres, dando
estabilidade à organização social.
Formas puras
Monarquia: governo de um só homem, de
caráter hereditário ou perpétuo, que visa o bem comum, como a obediência as
leis e às tradições.
Aristocracia: governo dos melhores
homens da república, selecionados pelo consenso dos seus cidadãos e que governa
a cidade procurando o beneficio de toda a coletividade.
Politia: governo do povo, da maioria,
que exerce o respeito às leis e que beneficia todos os cidadãos
indistintamente, sem fazer nenhum tipo de discriminação.
Formas pervertidas
Tirania: governo de um só homem que
ascende ao poder por meios ilegais, violentos e ilegítimos e que governa pela
intimidação, manipulação ou pela aberta repressão, infringindo constantemente
as leis e a tradição.
Oligarquia: governo de um grupo
economicamente poderoso que rege os destinos da cidade, procurando favorecer a
facção que se encontra no poder em detrimento dos demais.
Democracia: governo do povo, da
maioria, que exerce o poder favorecendo preferencialmente os pobres, causando
sistemático constrangimento aos ricos.
O
Iluminismo, que surgiu na França do século XVII, defendia o domínio da razão sobre a visão
teocêntrica que dominava a Europa desde a Idade Média. Para os filósofos
iluministas, o homem era naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade
com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma
sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria
alcançada. Por esta razão, eles eram contra as imposições de caráter religioso.
Revoluções
burguesas:
Independência
dos Estados unidos (4 de julho de 1776)
Revolução
Francesa (Queda da Bastilha - 14/07/1789) queda do rei Luis XVI.
Revolução
Industrial (Meados sec. XVIII na Inglaterra)
O termo cidadão tornou-se sinônimo de
homem livre, portador de direitos e obrigações a título individual, assegurados
em lei. É na cidade que se formam as forças sociais mais diretamente
interessadas na individualização e na codificação desses direitos: a burguesia
e a moderna economia capitalista.
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